Depois de dar à luz aos 12 anos, e perder a guarda de sua filha, a britânica Tressa Middleton decidiu contar sua história 11 anos depois de viver tamanho sofrimento. Isso porque sua primeira gravidez aconteceu depois de ser vítima de estupro provocado por seu irmão, cinco anos mais velho, e ter perdido a guarda do bebé, que foi colocado para adopção.
Ainda sofrendo por ter encaminhado
sua filha (e sobrinha) para a adopção após o estupro, Tressa, que hoje tem 23
anos, conta que está grávida novamente, dessa vez por escolha. O pai da criança
é seu noivo Darren, com quem mantém um relacionamento há sete anos. “Eu
nunca vou abrir mão desse bebé”, disse ela ao “The Mirror”.
“Descobrir que estava grávida foi
agridoce. Eu estou tão ansiosa para o futuro e já amo meu bebê, mas quando o
resultado do teste de gravidez deu positivo, mesmo que eu estivesse feliz, também
me sentia muito triste. Eu chorei”, conta Tressa, que espera ter a chance
de viver a maternidade de forma plena com esse segundo filho.
Apesar de passados tantos anos, ela
conta ainda sente falta de sua filha, Annie, que criou por dois
anos. A jovem mãe não teve escolha e foi proibida de ter contacto com a criança
depois de ter revelado que havia sido estuprada por seu irmão. Com a confissão
de Tressa, ele foi julgado e condenado à prisão por quatro anos, a partir de
2009.
“Eu sou tão grata por, finalmente,
poder ser a mãe que quis ser todos esses anos, mas não quero que minha primeira
filha pense que eu a abandonei ou que ela está sendo substituída por esse novo
bebê. Eu a receberia de volta de braços abertos amanhã se pudesse e espero que
ela saiba que sempre será parte dessa família”.
Violência e consequências
A perda de sua filha fez com que
Tressa entrasse em uma espiral de drogas e álcool. Em seu ponto mais crítico,
ela chegou a gastar mais de R$1.500,00 em heroína em um único dia. Segundo
contou ao tabloide, foi o noivo quem a ajudou a sair do buraco e, agora, com
esta gravides, espera ter superado para sempre seu vício.
“Eu fico comparando essa gravidez
a quando estava grávida de minha filha, mas são circunstâncias completamente
diferentes. Eu era uma criança na época e o que aconteceu comigo estava fora do
meu controle. Por mais que eu ainda me sinta culpada, no fundo eu sei que a
culpa não é minha”, comentou.
Tressa espera que sua filha um dia
conheça o novo bebê, mas não pretende procurar a guarda da menina porque
acredita que seria egoísmo de sua parte retirá-la da família que a criou por
tantos anos. Ela conta em um livro que escreveu dedicado a Annie.
Por Momade Selemane Iahaia